<$BlogRSDUrl$>

Friday, June 11, 2004

Não morri. Simplesmente não estava com vontade de/não tinha o que escrever aqui. É, e eu já faço coisa demais só por fazer para agir dessa forma no blog também. Ainda não tenho muito que dizer, mas deu vontade, então estou aqui. Ultimamente tenho estado... sei lá... Por fora, a mesma coisa de sempre, mas por dentro está tudo muito confuso. Eu tenho sentimentos contraditórios quanto à quase tudo ao meu redor. Eu amo e odeio as mesmas coisas, as mesmas pessoas, os mesmos gestos, hábitos, tudo. E como eu li "1984"(George Orwell) recentemente, achei que um conceito apresentado lá, o duplipensar, seria muito útil para mim. Para quem conhece, sabe que no livro o duplipensar é usado de uma forma prejudicial à sociedade e tal. Mas ele pode ser muito útil também. Para quem não conhece, eu vou (tentar) explicar: o duplipensar é a capacidade de aceitar duas verdades totalmente contraditórias. Acho que o melhor exemplo é uma mentira que você mesmo conta e acaba também acreditando nela. Você sabe que é uma mentira, mas ao mesmo tempo a defende e acredita nela com todas as suas forças... deu pra entender? Ah, é mais ou menos isso. Ou não, mas foi isso que entendi e essa a melhor explicação que posso dar. Mas então, nas viagens da minha cabeça eu acabei achando que esse conceito se aplica bem à minha pessoa. Não no sentido da mentira que você acaba acreditando... Pensando melhor, nesse sentido também. Minha futura profissão, por exemplo. Às vezes eu acho que é tudo que eu sempre quis mesmo, mas no fundo eu sei que tem uma grande probabilidade de dar errado. Grande mesmo. Mas mesmo assim eu não faço nada para resolver isso, porque eu acabo acreditando que está tudo bem, que no final vai dar tudo certo, que eu não preciso mudar nada. Mesmo sabendo que tem alguma coisa muito errada. Então é isso: eu finjo e acredito que está tudo na mais perfeita ordem. Mas o duplipensar nesse caso é tão completo que essa minha dúvida pode se inverter totalmente: eu posso pensar e dizer que está tudo errado, mesmo achando que no fundo é isso mesmo, que eu tô procurando chifre em cabeça de burro. Às vezes eu acho que o que me falta é ânimo... e uma oportunidade, é claro. Mas é só isso. Não é um problema estrutural, sabe? Então eu digo que a escolha que eu fiz foi uma merda e acredito nisso, mesmo sabendo, no fundo, que fiz a escolha certa.

***
Bom, nem sei se alguém ainda passa por aqui... De qualquer forma, se alguém chegar até o final desse texto e - o mais importante - entender o que eu quis dizer, duas coisas: Parabéns e Obrigada. É. Eu ia escrever muito mais sobre o assunto, outra coisa totalmente diferente, mas acabei entrando, sem querer, na questão da profissão e agora é só o que tenho na minha cabeça. Vou ficar aqui, pensando nisso...

***
Outra coisa: O livro (1984) super vale a pena ser lido. Eu super recomendo. Super super.

***
Orkut = vício inconstante.

***
Ah, só mais uma coisa. Eu não posso escrever da forma que eu escrevo aqui no blog nos meus trabalhos de faculdade. É, eu descobri isso. Na verdade o meu professor me mostrou isso. Não, ele não sabe do blog. E também não foi só pelo que o professor escreveu no meu trabalho, não. Mas é que aqui eu escrevo mais para mim mesma do que qualquer outra coisa. E, como jornalista, eu tenho que me fazer entender, ser o mais clara possível. O que não ocorre por aqui, como o texto acima ilustra perfeitamente. É. E essa última parte do post foi mais um exemplo, já que eu a escrevo como forma de "lembrete mental por escrito" ou coisa assim, para que eu realmente não esqueça.

E a sua pessoa?

This page is powered by Blogger. Isn't yours?