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Saturday, April 24, 2004

Está chovendo. Como eu gosto de chuva. Fico triste com as tragédias que esse belo fenômeno pode acarretar, mas ainda assim eu gosto. Adoro o barulhinho, que delícia. E são vários. Em lugar com mais natureza é o som das gotinhas caindo nas folhas das árvores, na grama, na terra. Na cidade o som é o dos carros que passam pelas poças que se formam, e que fazem aquele *tchublef* gostoso. E tem o cheiro de terra molhada também. Do meu prédio eu não consigo sentir aquele cheirinho bom. Da minha faculdade eu consigo. Mas é melhor estar em casa quando chove. É sequinho, mas não tem cheirinho. É. A chuva tá parando. O barulhinho tá diminuindo. Que puxa.

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Bom, mas não era nada disso que eu ia escrever. Esquece a chuva.

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É impressionante o grau de inércia que uma pessoa pode chegar... Peraí. "Grau de inércia"? Inércia pode ser medida em graus? Inércia pode ser nivelada? Mesmo quando assim, usada em uma expressão? Não, eu acho que não. Uma coisa está inerte ou não está. Não existe maior ou menor inércia, não é? É, que idiotice eu estou falando. Ou não. Poxa, a inércia. Eu aprendi isso direitinho em física. É tão emocionante quando você realmente aprende algo. Aliás, uma das únicas coisas que ainda lembro sobre a física. Eu ia colocar aqui a definição que decorei no segundo grau, mas percebi que já não lembro mais... Não com as palavras certinhas. E só fica legal com as palavras corretas. Senão perde aquele charme do decorado. Mas o conceito eu entendo. Eu acho.

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Enfim, também não era sobre a inércia que eu ia falar. Na verdade, era sim. Bom, o que quero dizer é que toda a inércia está na minha pessoa. Sério, toda ela. E eu sei bem disso. Normalmente esse fato não me incomoda, mas às vezes bate um sentimento de culpa, sei lá. Só às vezes mesmo. Talvez amanhã já tenha passado. Mas hoje está me incomodando. Ô serzinho parado esse meu! Se não tiver nada me empurrando pra fazer algo, eu não faço mesmo. E tem que estar empurrando mesmo, com toda a força. Tudo culpa dessa falta de organização generalizada que é a minha vida... Que engraçado. Acabei de lembrar que escrevi no meu currículo, na parte do perfil, bem assim: Atenciosa e organizada. É, super. Isso que dá copiar currículo de amigo. Achei a idéia da organização boa e resolvi colocar no meu também. Copy/Paste. Sinceridade é tudo nessa vida. Mas quanto a isso não me sinto culpada, não. Sinceramente, nesses estágios que têm dinâmica de grupo ou entrevista coletiva, "ganha" quem mente melhor e/ou mais rápido. Eu penso assim.

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Ok, voltando mais uma vez. O problema é a falta de organização. Eu lembro que li uma vez, num desses mapas astrais da vida, que tenho tendência a ser muito desorganizada. Apesar do meu ascendente ser virgem, que geralmente é bem organizado e tal. Mas as pessoas só tendem a desenvolver as características do seu ascendente mais pro meio da vida. O mapa astral foi profético nesse sentido. Disse que enquanto a minha pessoa não adotasse essa característica do ascendente, minha vida seria uma zona. E quando eu percebesse os benefícios de uma vida organizada, tudo seria... mais organizado. Genial. É, mais ainda assim eu acredito nessas coisas. Não cegamente, mas tem muita coisa válida. Tá certo que esse mapa astral eu fiz na internet, em cinco minutos, e deve ser o mesmo para um milhão de pessoas, mas mesmo assim é aproveitável. Afinal, as pessoas não são tão diferentes assim umas das outras...

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É, chuva, inércia, sinceridade (ou falta de), astrologia... Ok, um dia eu consigo falar o que realmente quero. Bom, o que aconteceu é que decidi aproveitar esse momento de clareza para tentar dar uma organizada na minha existência. E qual foi a forma genial e inédita que criei? Fazer listas! Sim, listas de tarefas. Tão simples, tão rápido, tão eficaz... Bem, espero que seja assim. Eu já tentei outras vezes, mas não com o empenho merecido. Dessa vez vai ser diferente. Eu sei que vai. Então é isso, já fiz minha primeira lista... mas até a lista é desorganizada. Tem um monte de tarefas aleatórias, uma sem relação nenhuma com a outra. De qualquer forma, já tenho alguma orientação. É um bom começo... Bem, é um começo.

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Céus, que post foi esse? Que zona, que bagunça, que... eu! Alguém chegou até aqui?

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Só quero deixar claro que posso ser organizada, sim. Desde que eu esteja sendo paga para isso. Portanto, se alguém aí estiver disposto a me oferecer um estágio remunerado, eu me torno uma funcionária exemplar. Sinceramente.

E a sua pessoa?

Thursday, April 15, 2004

E eu consegui sair seriamente ferida de uma pescaria... dentro de um pesque e pague. É ou não é humilhante? Sério, aqueles peixes são quase suicidas. Estão lá praticamente implorando para serem pescados. Mas não, eu tive que encontrar um peixe sinistro que tinha uma vida muita boa e não queria perdê-la nas mãos de uma amadora. Então, o peixe assassino, com toda a ferocidade característica desses perigosos seres aquáticos, arrebentou minha linha com imensa violência, mas não antes de levar um pouco do sangue da pessoinha incompetente que vos fala. Queria levar meu dedo também, mas eu não permiti. Ah, isso não! Afinal, se ele gostava da vida dele eu também gosto do meu dedo. Bom, foi mais ou menos assim:



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Ok, o ferimento não foi assim tão grave. E não se enganem, essa historinha deu um trabalhão, ao contrário do que possa parecer.

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Agora a cruel criaturinha deve estar lá no laguinho do pesque e pague, rindo de mim, e contando vantagem para os seus amiguinhos aquáticos... Eu ainda te pego, Moby Dick!

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É tão bom poder surtar aqui, no meu espacinho...

E a sua pessoa?

Tuesday, April 06, 2004

Pois é, eu tenho a sensação que a minha vida está passando e eu não tô sendo uma personagem lá muito relevante nessa história. Me falta motivação pra tudo. Mesmo as coisas que mais desejo (ou acho que desejo) na vida não conseguem me tirar desse meu estado de apatia constante. A verdade é que eu não sei o que quero. Eu ainda não achei meu espaço, e também não faço lá muita questão de procurar. Tô sempre deixando a vida me levar, no melhor estilo Zeca Pagodinho. Só que ele é milionário e tem talento. E gosta do que faz. E sabe do que gosta. Bom, eu também sei de algumas coisas que gosto: Cheiro de chuva é uma delas. Gosto de escrever também. Mas só às vezes. Gosto de imagens. E de gente. Gosto muito de gente. Eu acho que eu gosto muito até de quem eu não gosto. É. Gosto também de estar perto de gente inteligente, que sabe falar. Mesmo que isso faça com que eu me sinta ainda menor. Gosto muito de ouvir. Gosto de pessoas decididas. Gosto das indecisas também. Gosto de referências, mesmo as que não entendo. Gosto muito de música. Adoro cantar. Gosto de dançar do meu jeito esquisito, de olhos fechados. Adoro conhecer músicas que ninguém conhece. Gosto de imaginar coisas. Todo o tipo delas. Amo coincidências. Adoro coisas toscas e trash. Adoro o non sense. Gosto de sonhar com cachorros que andam de bicicleta e ficar rindo disso depois, sozinha.

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É normal uma aluna de jornalismo se dar melhor numa prova de matemática que em uma de português? E ainda por cima achar isso engraçado?

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Sabe o que é muito... curioso? Quando uma pessoa te pergunta onde você estuda, e você responde que estuda em uma faculdade federal e ela te olha como se você fosse um gênio. Por que isso?

Pessoas que não estudam em faculdades federais: Não, nós não somos gênios coisa nenhuma. Pelo menos a esmagadora (mesmo) maioria não é.
Pessoas que estudam em federais: Vocês sabem disso!

Pois é, mas é estranho quando acontece. É inegável que você fica meio envaidecido e tal. É bom se sentir privilegiado de vez em quando...

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Pois é, eu tenho usado muito esse negócio de "pois é" por aqui... Pois é, não é? Então.

E a sua pessoa?

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