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Thursday, March 25, 2004

Caramba, abandonei mesmo isso aqui, né? Pois é, eu não esqueci não, é falta do que dizer mesmo. Estou escrevendo agora, mas isso não significa que tenha surgido algo interessante em minha mente, só queria dar uma satisfação e dizer que não morri. Às vezes me vêm à cabeça umas idéias para escrever aqui, mas eu logo desanimo. O pior é que eu ando procurando altos programas para criar um template legal pro "Minha pessoa", mas conteúdo que é bom, nada. Nem imagem, porque não estou avançando muito nessa coisa de pseudo web designer.

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Eu acho que eu vou apelar para uma imagem nada a ver, só pra parecer que eu superei essa coisa de não ter o que postar... Eu finjo que coloquei essa foto porque eu realmente a acho interessante e vocês fingem que acreditam, tá? Ê, sabia que iam entender...

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Poxa, mas eu tinha que, pelo menos, contextualizar a imagem, senão pega mal...

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Pois é, praia é tão bonito, né? E casais apaixonados, então? O que você diria de casais apaixonados na praia, contemplando a paisagem, após o pôr do sol? É, eu sei, você mal pode esperar pra ver uma imagem que sintetize tamanha beleza! Pensando nisso, lá vai uma fotinho feita pela minha pessoinha.


É, esse borrão aí embaixo é o casal
apaixonado...


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Bom, agora que eu já disse tantas coisas interessantes, posso terminar o post com a consciência tranquila. Ô, tranquilíssima.

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Só mais uma coisa: Dêem uma olhada no link do "The dullest blog in the world". Tá em inglês, mas vale a pena. Tô quase apelando para a tática dele...

E a sua pessoa?

Sunday, March 14, 2004

Pois é, agora que a faculdade voltou eu tenho que falar sobre o assunto. Afinal acabou a vagabundagem e algumas vezes eu realmente tenho aula. Ai, como eu estava feliz e relaxada durante as férias. Eu acho preocupante essa minha imensa propensão para a arte de fazer nada. Eu realmente gosto de fazer nada, pensar nada, me preocupar com nada. Assim, tem vezes que bate um surto de "super quero fazer alguma coisa", mas passa rapidinho. Ok, mas infelizmente não pode ser sempre assim e a faculdade está aí, me lembrando que existem problemas a serem resolvidos, reflexões a serem feitas, talentos a serem testados...
Então, eu tinha feito um post bastante otimista sobre a faculdade. Foi num desses dias excepcionais em que a tal vontade de fazer algo tinha tomado conta de mim. Vou até colocar um trechinho aqui:

"Bom, na primeira aula, a tarefa era fazer uma pequena matéria. Coisa simples, óbvia até, certo? Afinal faço jornalismo, tenho que me acostumar com isso. Mas quando o professor propôs o exercício, pensei: "Ah não, fazer matéria? Que saco..." Aí eu me pergunto: Como assim "que saco"? É isso o que provavelmente farei pro resto da vida! Pois é... Mas aí comecei a fazer o exercício. E gostei muito. Mais do que imaginava. Ainda não recebi o veredicto do professor, talvez ele diga: "Que bela porcaria!". Mas pelo menos foi divertido. E pela primeira vez pensei que talvez não seja tão ruim ter que fazer isso pelo resto da vida. O que é bastante revelador, visto que estou no 5o período e já devia ter experimentado essa sensação há mais tempo (...) Não sei, bateu uma onda de otimismo agora. Deu vontade de me dedicar mais à faculdade. Deu vontade de crescer, sabe? Não sei explicar, é que geralmente sou meio desanimada, pessimista até, então queria deixar registrado aqui no meu cantinho esse sentimento. Só espero que não seja passageiro... (olha aí o velho pessimismo mostrando que ainda não foi derrotado...)"

É, eu estava bem nesse dia. O post foi vetado porque estava muito ruim, como já deve ter dado pra perceber por esse pequeno trecho. Mas como não quis desperdiça-lo por completo, resolvi pegar só umas partes para colocar aqui.
Mas voltando. Eu não aguento mais me sentir como aquela hiena que só fala: "Ó céus, Ó vida...". Sério, será que faz mal ser otimista? Eu explico: No dia seguinte a essa minha empolgação facultativa, um novo professor apareceu e me fez sentir uma imensa banana. Toda aquela animação e confiança que surgira no dia anterior virou fumaça. E a culpa não é do professor, não vou me fazer de vítima aqui. A culpa é minha mesmo. Minha e desse meu complexo de hiena sofrida. Se encontro um obstáculo ou deficiência, sei que deveria lutar para mudar isso. Mas geralmente o que faço é constatar a minha condição de banana e ficar refletindo sobre ela. Sei que não posso ser assim. E o que me preocupa é que o mercado de trabalho não deve gostar muito de pessoas como a minha. E o que me preocupa ainda mais é o fato de eu ter que me preocupar com o mercado de trabalho. Sério, você contrataria um estagiário que fala essas coisas sobre gostar de fazer nada, complexo de hiena e de banana que eu disse ao longo desse post? Claro que não. Nem eu.

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Ás vezes eu queria ter um algum talento artístico. Eu podia ser uma super música, dançarina, artista plástica, quem sabe atriz... Só pra não precisar me adaptar a essa lógica de mercado, sei lá. Seja pró-ativo, seja comunicativo, seja determinado, seja produtivo... só não seja você mesmo.

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Estou confusa, vou parar por aqui, dessa vez a minha estratégia de escrever para ver se me entendo não deu certo... Sei lá, o que eu acho mesmo é que não estou preparada para esse mundo aí fora...

E a sua pessoa?

Tuesday, March 09, 2004

E enquanto a criatividade insiste em fugir da Pequena como o coisa ruim foge da cruz, aí vai uma imagem do já descrito por aqui "Carnaval na Ilha Quadrada". Esse era o cartaz que saudava as pessoas que entravam em nossa "república"... Isso até a proprietária da casa mandar os quadrados retirarem o cartaz, pois esse, pasmem, estava atraindo estranhos para dentro de nosso lar carnavalesco! As pessoas realmente queriam conhecer a República da Ilha Quadrada... Depois disso, o elaborado cartaz foi pra sala de nosso palacete...

Íssa, você nunca vai se divertir tanto!

PS: Para evitar problemas com as leis internacionais de copyrights, o crédito da primorosa fotografia vai para Clarinha. Melhor assim?


E a sua pessoa?

Monday, March 01, 2004

Na minha faculdade, você sabe que as férias acabaram quando está, mais uma vez, andando pelo shopping no horário em que deveria estar tendo aula. Não porque você queira (não que não queira também...), mas porque os professores não apareceram. Quando fica jogado no chão de livrarias, lendo (revistas fúteis e livros infantis, não se iludam), e conversando, e vendo o tempo passar. As férias acabaram quando você começa a pensar em como seria bom conseguir um estágio, e em como a nossa profissão (jornalismo) não dá dinheiro, e em como o mercado é concorrido... Quando você começa a se preocupar com as greves, e volta a ouvir rumores de que ela se aproxima. Quando, mais uma vez, pensamos que as regras da faculdade são sem sentido, e em como professores são, em sua grande maioria, picaretas... ou que pelo menos não atingem nossas expectativas. As férias acabaram quando todos começam refletir sobre sua escolha profissional. Quando concordamos que não era nada disso que esperávamos do nosso curso. Mas que também não queríamos estar fazendo nenhuma outra coisa. Quando cada um conta em que momento começou a sua decepção em relação à nossa faculdade. Quando muitas pessoas que fazem jornalismo dizem: "Eu não quero ser jornalista..." Alguns têm outras opções, planos "B", talvez uma segunda faculdade... Outros, como eu, esperam encontrar pelo caminho alguma área interessante que faça valer a pena os quatro anos que passamos estudando. As férias acabaram quando, pela milésima vez, combinamos de assistir a gincana de calouros, e ver as mesmas brincadeiras, e babar pelos mesmos veteranos de sempre, e comentar que o perfil dos calouros está mudando, que agora só tem patty e playboy... Quando as ruas estão cheias de jovens pintados implorando por umas míseras moedinhas...

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Pessoa pintada: Uma moedinha, qualquer coisa!...
Minha pessoa: Pra que faculdade você passou?
PP: Comunicação na Facha.
MP: Ah... (e dou 30 centavos)
PP: E você, faz o quê?
MP: Jornalismo na UFRJ.
PP: Pô, show, hein? Parabéns!
MP: ... Obrigada... (Poxa, fiquei sem graça, o calouro era ele, o parabéns deveria ter vindo de mim...)
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Outra pessoa pintada: Qualquer moeda, pelo amor de Deus! (esse fez a linha desesperado)
Minha pessoa: Ah, que faculdade?
OPP: Comunicação na UFRJ!
MP: Ah, então você é meu calouro!
OPP: Poxa, e você não foi me receber lá na faculdade porquê?
MP: Ah, isso é coisa de segundo período... Já tô no quinto...(como se eu não tivesse o mesmo tempo vago que tinha no segundo período...)
MP: Tá aqui (dou 70 centavos... é bom ele guardar, pode precisar deles quando se formar...), boa sorte lá na Eco...
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Pois é, as férias acabaram mesmo. Você percebe isso quando revê um monte de gente que você gosta. Gosta mesmo, ainda que não tenha grande intimidade com elas. Você sabe que as férias acabaram quando, entrando na sua faculdade, você se sente em casa. Quando você sente orgulho de poder fazer parte dela, apesar de todos os problemas. Quando você olha para aqueles mesmos corredores de sempre, mal cuidados, e percebe que sentiu falta deles durante o tempo que esteve fora. E que vai sentir mais ainda quando a faculdade acabar.

E a sua pessoa?

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