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Saturday, May 15, 2004

Então me dá a louca e eu começo a arrumar as minhas coisas. Tudo. Roupas, material facultativo... Tentei usar a estratégia da SenhorITA, muito interessante por sinal. É mais ou menos assim: Você arruma as suas coisas e joga fora tudo o que você não gostaria que fosse encontrado caso você morresse hoje. Não no sentido de coisas vergonhosas ou secretas. Mas coisas que não dessem margem a comentários do tipo: "Caramba, essa menina guardou isso? Por que alguém guardaria essa porcaria?" ou algo assim. Pois é, mas desisti dessa idéia porque eu teria que jogar muita (e quando eu digo muito, eu quero dizer MUITA) coisa fora, remexer todos os armários, e essa minha arrumação foi meio superficial. Aliás, arrumações profundas são muito raras. Mas essas organizações "the flash" são, no mínimo, mensais. São ótimas, você se sente melhor, produtiva e, aparentemente, fica tudo em ordem. Enfim, enquanto organizava as coisas da faculdade me deparei com dois textos de título interessante... E era tudo o que sabia sobre eles.
"Por que diabos eu não li esses textos", me perguntei na hora que os vi. Resposta: "Porque você nunca lê, sua banana! A não ser que eles sejam obrigatórios, ou para algum trabalho". Nossa, que absurdo. Isso me lembrou o que eu pensei no meio de uma aula na faculdade. A professora pergunta: "Vocês leram isso"? E 99% da turma diz: "Não". "E aquilo?", insiste a professora. "Também não", respondem os alunos. "Mas ninguém lê p**** nenhuma nesse lugar?!" pensamos eu e senhorITA, e comentamos isso quase que simultaneamente.

A faculdade pode ser um imenso desperdício. Se o aluno não tem interesse, não adianta. É lógico, você tem que correr atrás, se esforçar e todas essas coisas. Mas algumas vezes falta um incentivo maior também. A faculdade deveria ao menos indicar o caminho a seguir. Mas às vezes nem isso ela faz. Parece que as pessoas estão ali cumprindo o expediente, e não em busca de adquirir e transmitir conhecimento. Falta paixão. Antro de picaretas enganadores, isso sim. Eles fingem que ensinam, a gente finge que aprende. Com algumas louváveis exceções.

Posso parecer mais revoltada do que realmente estou. Na realidade não estou nada revoltada. Conformada é a palavra. Conformista talvez seja melhor. Estou totalmente ciente da minha enorme parcela de culpa nessa história. Mas ainda assim penso que tem alguma coisa muito errada, e não é só com a minha pessoa não.

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Acabei lendo um dos textos com título interessante. E era somente isso que ele tinha de interessante mesmo. Sempre soube que dar bons títulos aos textos era importante. É, muito importante. Mas, por acaso, no meio do texto tinha umas referências ao livro que um professor indicou e que estou lendo (afinal, tem trabalho... mas esse eu leria de qualquer forma). Ok, uma coincidência, só por isso já valeu a leitura.

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Abri o Word sem ter noção do que escreveria. Comecei e agora estou cheia de idéias soltas, pedindo para serem escritas. Mas ia ficar uma confusão maior do que já está, então fica para a próxima.

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"Blogger, Blogger meu,
Existe blog mais bissexto que o meu?"

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Quá, quá, quá, que engraçado. * batendo com as mãos na mesa* ... Piadinha interna.

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E qual é a do Angelfire, hein? Alguém sabe? Meu template já é feio, e eles ainda tiram a única foto que o ilustra... Vou te contar, como sofro!

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Ai, lembrei de mais coisas... Acho que vou fazer um depósito de posts para serem usados futuramente. A quem estou enganado? Não vou fazer nada disso.

E a sua pessoa?

Tuesday, May 04, 2004

Se eu disser que não ligo para coisas mega tecnológicas alguém acredita em mim? Na verdade eu sei que muita gente acreditaria, justamente por sentir o mesmo ou pelo menos algo semelhante. Mas tem gente que simplesmente não entende. Quando eu digo algo do tipo: "não, eu não gosto do seu celular que tira fotos, dança, canta e faz bolhinhas de sabão", isso não quer dizer que eu tenha inveja do equipamento alheio. Isso quer dizer que eu realmente não o acho interessante/útil/divertido. Sério. Não é porque eu não possa compra-lo (não que eu possa também), mas simplesmente porque não me enche os olhos. Não é um caso de "as uvas estão verdes". Na verdade eu não sou lá uma pessoa muito ambiciosa. Não no sentido de ambicionar ostentar o que é, para o senso comum, símbolo de sucesso. Satisfação pra mim é uma coisa bem próxima, ainda que consideravelmente distante. É exatamente isso e eu não vou (saber) explicar. O que eu sei é que não desejo possuir chamativos aparelhos, nem roupas de marca, nem uma super vida que todos invejem, nem nada assim. Eu não desejo "possuir", pra falar a verdade. Eu não sonho em ser rica. Meu sonho é fazer algo que eu goste muito, e receber em troca (ou "pagar" por isso) o necessário para poder continuar nessa atividade que me complete. É isso aí.

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Bom, mas eu comecei falando disso porque meu pai comprou um DVD. Legal né? Uhum... É. Sabe, eu nunca quis um DVD. Tá certo, o DVD nem é uma coisa mega tecnológica, mas é uma tecnologia bem dispensável para a minha pessoa. Imagem melhor, som espetacular... Ah, olha, aquelas cenas cortadas, extras... Pois é, tem quem goste, muito até, e eu entendo. Mas não é o meu caso. Por mim continuava com meu vídeo cassete velho de guerra, gravando minhas coisinhas (leia-se novela das seis, que eu fiquei com vergonha de dizer... mas já disse). Pois é, mas as pessoas têm a mania de criar umas necessidades malucas. A desculpa do meu pai foi "Ah, não existem mais filmes em fita cassete...". Como se ele alugasse muitos filmes. E quando eu disse que sim, que as fitas ainda existem, ele mesmo percebeu que não tinha motivos para querer um DVD. Mas ainda assim ele persistiu na idéia. E comprou. Até eu acabei apoiando, mas porque fui na onda mesmo. Agora o DVD está lá, lindo, novinho, desligado. Já o vídeo está em plena atividade... Tudo bem, talvez eu seja meio presa às coisas do passado, digamos assim. Ok, vou dar uma chance para o intruso digital...

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E é oficial: Eu pareço uma autista dançando. Olhos fechados, cantando (ou tentando) todas músicas o mais alto que puder, dançando esquisito, rindo sozinha... E eu acho o máximo. Mesmo. Acho que entro em transe, sei lá. É tão bom quando você descobre um lugar que parece ser uma extensão de você. A música, o ambiente, as pessoas diferentes e ao mesmo tempo iguais... E já tem tempo que eu encontrei O lugar. A novidade é que agora a minha pessoa é tão independente (ou autista, como preferirem) que fica dançando e cantando sozinha no meio da pista de dança. Quer dizer, sozinha não, com vultos e sombras desconhecidas ao redor...

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E eu acho impressionante a minha coerência, a fluidez de raciocínio, passando do DVD ao autismo... Genial, sempre.

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E Kill Bill, hein? Você já viu? Pois é...
"Bang-bang / He shot me down..."
"Woo hoo/ Woo hoo hoo..."

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Aliás, uma coisa muito estranha acaba de ocorrer. Eu copiei pro meu computador a tal música "Bang-Bang", e até ontem ela tinha letra. Fiquei cantando e rindo um tempão, até mostrei pra minha irmã. Fui escutar agora e a letra sumiu, virou uma música instrumental. Mistério...
"Bang-bang, my baby shot me down"

E a sua pessoa?

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