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Tuesday, May 04, 2004

Se eu disser que não ligo para coisas mega tecnológicas alguém acredita em mim? Na verdade eu sei que muita gente acreditaria, justamente por sentir o mesmo ou pelo menos algo semelhante. Mas tem gente que simplesmente não entende. Quando eu digo algo do tipo: "não, eu não gosto do seu celular que tira fotos, dança, canta e faz bolhinhas de sabão", isso não quer dizer que eu tenha inveja do equipamento alheio. Isso quer dizer que eu realmente não o acho interessante/útil/divertido. Sério. Não é porque eu não possa compra-lo (não que eu possa também), mas simplesmente porque não me enche os olhos. Não é um caso de "as uvas estão verdes". Na verdade eu não sou lá uma pessoa muito ambiciosa. Não no sentido de ambicionar ostentar o que é, para o senso comum, símbolo de sucesso. Satisfação pra mim é uma coisa bem próxima, ainda que consideravelmente distante. É exatamente isso e eu não vou (saber) explicar. O que eu sei é que não desejo possuir chamativos aparelhos, nem roupas de marca, nem uma super vida que todos invejem, nem nada assim. Eu não desejo "possuir", pra falar a verdade. Eu não sonho em ser rica. Meu sonho é fazer algo que eu goste muito, e receber em troca (ou "pagar" por isso) o necessário para poder continuar nessa atividade que me complete. É isso aí.

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Bom, mas eu comecei falando disso porque meu pai comprou um DVD. Legal né? Uhum... É. Sabe, eu nunca quis um DVD. Tá certo, o DVD nem é uma coisa mega tecnológica, mas é uma tecnologia bem dispensável para a minha pessoa. Imagem melhor, som espetacular... Ah, olha, aquelas cenas cortadas, extras... Pois é, tem quem goste, muito até, e eu entendo. Mas não é o meu caso. Por mim continuava com meu vídeo cassete velho de guerra, gravando minhas coisinhas (leia-se novela das seis, que eu fiquei com vergonha de dizer... mas já disse). Pois é, mas as pessoas têm a mania de criar umas necessidades malucas. A desculpa do meu pai foi "Ah, não existem mais filmes em fita cassete...". Como se ele alugasse muitos filmes. E quando eu disse que sim, que as fitas ainda existem, ele mesmo percebeu que não tinha motivos para querer um DVD. Mas ainda assim ele persistiu na idéia. E comprou. Até eu acabei apoiando, mas porque fui na onda mesmo. Agora o DVD está lá, lindo, novinho, desligado. Já o vídeo está em plena atividade... Tudo bem, talvez eu seja meio presa às coisas do passado, digamos assim. Ok, vou dar uma chance para o intruso digital...

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E é oficial: Eu pareço uma autista dançando. Olhos fechados, cantando (ou tentando) todas músicas o mais alto que puder, dançando esquisito, rindo sozinha... E eu acho o máximo. Mesmo. Acho que entro em transe, sei lá. É tão bom quando você descobre um lugar que parece ser uma extensão de você. A música, o ambiente, as pessoas diferentes e ao mesmo tempo iguais... E já tem tempo que eu encontrei O lugar. A novidade é que agora a minha pessoa é tão independente (ou autista, como preferirem) que fica dançando e cantando sozinha no meio da pista de dança. Quer dizer, sozinha não, com vultos e sombras desconhecidas ao redor...

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E eu acho impressionante a minha coerência, a fluidez de raciocínio, passando do DVD ao autismo... Genial, sempre.

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E Kill Bill, hein? Você já viu? Pois é...
"Bang-bang / He shot me down..."
"Woo hoo/ Woo hoo hoo..."

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Aliás, uma coisa muito estranha acaba de ocorrer. Eu copiei pro meu computador a tal música "Bang-Bang", e até ontem ela tinha letra. Fiquei cantando e rindo um tempão, até mostrei pra minha irmã. Fui escutar agora e a letra sumiu, virou uma música instrumental. Mistério...
"Bang-bang, my baby shot me down"

E a sua pessoa?
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